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Ministério Público pede interdição imediata da Delegacia de Polícia Civil de Corrente

A  1ª Promotoria de Justiça de Corrente, no Sul do Piauí, ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar de tutela de urgência em face do Estado do Piauí, requerendo a interdição imediata da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Corrente diante das condições estruturais precárias insalubres do imóvel.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), a ação decorre de investigação iniciada em 2021, pelo promotor de Justiça Luciano Lopes Sales, no âmbito do Procedimento Administrativo nº 05/2021, instaurado com o objetivo de acompanhar as demandas por reforma e ampliação da unidade policial.

“Desde então, apesar de inúmeras tratativas administrativas junto à Secretaria de Segurança Pública, a situação do prédio se agravou e nenhuma providência efetiva foi tomada pelo Estado. Durante visitas técnicas realizadas pela Promotoria de Justiça e por meio de inspeção da Vigilância Sanitária de Corrente, constatou-se um cenário de risco e violação de direitos fundamentais”, informou o MPPI.

Entre os problemas apontados: Estão infiltraçõesmofofiação expostaausência de ventilação adequada, superlotação de celas, presença de pragas esgoto aparente, comprometendo a segurança e a dignidade de custodiados, servidores e da população atendida.

“O prédio da Delegacia foi inaugurado em 2009 e, desde então,  jamais passou por uma reforma completa. A situação atual representa risco iminente de desabamento e é incompatível com a permanência humana. A omissão do Poder Público não pode mais ser tolerada”, destacou o promotor de Justiça Luciano Lopes Sales.

A Promotoria requereu judicialmente pela remoção imediata dos presos para unidades adequadas, a proibição do recebimento de novos custodiados e a interdição total do prédio até que sejam realizadas as reformas necessárias, ou a construção de nova unidade policial.

A ação também conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GACEP/MPPI) e foi acompanhada de farto material probatório, incluindo relatórios, fotos, vídeos e atas de reuniões com diversos órgãos da administração pública.

A iniciativa visa garantir o respeito à dignidade da pessoa humana, à saúde, à integridade física e moral dos presos, e à segurança dos servidores e da comunidade, em consonância com os princípios constitucionais e com a Lei de Execução Penal.

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