Povo de Corrente se mobiliza contra fechamento de escolas
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, já dizia Paulo Freire em uma de suas mais famosas citações.
A medida do Governo do Estado em fechar quatro escolas do ensino médio em Corrente-Pi, vai na contra mão do pensamento do educador.
A Secretaria de Educação do Estado resolveu fechar quatro anexos do ensino médio que funcionavam na zona rural de Corrente.
Foram desativados em quatro escolas: Santa Marta, Riacho Grande, Vereda da Porta e Fazenda de Cima. Restaram apenas duas, nas localidades Caxingó e Araticum.
A medida está causando revolta na sociedade correntina. Pais, alunos, professores e políticos estão se mobilizando contra a decisão da secretaria.
O vereador Luiz Augusto (PP), disse que vai provocar uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir o assunto. “Vamos convidar representantes do Governo do Piauí, Ministério Público e a sociedade correntina, para juntos, analisarmos o prejuízo. Essa decisão priva esses adolescentes do acompanhamento e da vigilância familiar nas suas atividades educativas. Não podemos permitir que isso aconteça.”, denuncia o vereador.
Segundo Luiz, ele já conversou com alguns deputados estaduais para defenderem na Assembleia Legislativa a manutenção destas escolas em Corrente.
A ex-secretária de educação do município, Socorro Cavalcanti, publicou em rede social, “escolher a falência quando o Governo alardeia compromisso maior com a Educação, realmente não combina,” criticou.
Para Jocilé Lobato, atual secretário de educação do município, “o fechamento das escolas no campo não pode ser entendido somente pelo viés da educação. Não podemos pensar num campo sem gente, sem cultura e sem escola” ressaltou.
O fechamento das escolas do campo contribui para o êxodo rural. Isso tende a minar cada vez mais a educação já cambaleante na região do Extremo Sul do Piauí, dificultando o processo de aprendizagem e crescimento de crianças e jovens.
Muito importante a iniciativa do vereador Luiz Augusto em provocar uma audiência pública acerca do tema, haja vista ser de suma importância a participação da comunidade escolar em uma decisão que influencia diretamente na vida e no cotidiano de cada um deles. Ademais, fechar os anexos será um retrocesso no que tange à educação estadual de Corrente.
Eu acredito na Educação,apesar da situação que o país se encontra.Lamentavel a decisão da Secretária de Educação,fechar escolas Pública. A BR-135 não está em boas condições,muita morte.Clamando o Denit com urgência.
Educar as pessoas é lhes conceder um direito constitucional imutável. Tal garantia nos remete a outro direito constitucional não menos relevante, qual seja, a dignidade da pessoa humana. Pois bem, nossa educação está longe de ser ideal, muito menos de trazer dignidade para aqueles que a buscam nos rincões do extremo sul piauiense. Vou mais longe, nem aos discentes, nem aos docentes, ambos sofrem as consequências dá péssima aplicação do dinheiro público.Enquanto outros países da América Latina, como Chile, Guiana, Uruguai e Argentina, dentre outros, investem alto em educação e abrem escolas e universidades onde antes isso era apenas sonho, o Brasil, apesar de sufocar seu povo com uma infinidade de impostos, justifica o fechamento de escolas por falta de dinheiro. Coincidentemente, ocorre o mesmo fato no Piaui e o exemplo temos in loco em nossa região. O Piaui é o Estado com a maior carga tributária do Brasil e, não sei nem porque irei dizer isso, apesar de ter a melhor Lei de Incentivos Fiscais do país, peca pela ineficiência e confessa incompetência na gestão educacional, cujo setor jamais deveria faltar dinheiro, especialmente no extremo sul. Pobre extremo sul piauiense, um dia sabereis ler, escrever e, principalmente, votar. As eleições vêm ai e os quadros parecem ser os mesmos, vamos ver o que vão dizer e o que vamos dar como resposta. Alea jacta est.