Pais e filhos: Dilema da escolha da profissão
Quando um jovem se depara com a grande questão da vida de escolher a sua profissão, é como se, verdadeiramente, o cordão umbilical se rompesse.
Nesse momento, uma angústia toma conta do coração daquele indivíduo que, até então, estava sob a proteção e cuidados de sua família, sem a preocupação de prover seu próprio sustento. Essa é a ordem natural da vida, embora haja muitas exceções.
Aquele jovem que tem uma família bem estruturada geralmente caminha rumo ao destino que implicará numa escolha de profissão, num caminho a seguir. E é nesse momento que os pais também se deparam com o grande dilema: influenciar ou não a decisão do filho.
Embora muitos especialistas opinem sobre o tema no sentido de que o filho deve decidir sozinho, eu, particularmente, não coaduno com essa teoria. Na prática, o jovem muitas vezes não possui conhecimentos, de mundo e de vida, suficientes para levantar os pontos positivos e negativos de uma escolha tão importante.
Uma boa orientação, não na forma de uma imposição, mas como aconselhamento, pode ajudar aquele jovem a tornar-se um cidadão em sua plenitude, fazendo uma escolha que o ajude a ter uma vida mais confortável e estabilizada.
Muitas vezes os estudantes estão muito preocupados com o conteúdo da escola, e não têm nem mesmo tempo para estudar o mundo à sua volta, de perceber todas as mudanças da sociedade, cada vez mais rápidas e que exigem uma nova postura do profissional de qualquer área.
Assim, os pais podem apresentar aos seus filhos o panorama atual, com reportagens acerca das profissões que mais se destacam em tempos hodiernos, ouvindo-lhes os anseios e desejos, mas sempre lhes trazendo para a realidade fria das necessidades prementes de todo ser humano, que não pode, hoje em dia, dar-se ao luxo de viver de sonhos, apenas.
Mas o respeito e a forma de conversar são determinantes para o sucesso da união familiar e da formação de adulto plenamente realizado com suas escolhas. O jovem tem sonhos, não esqueçamos disso; mas cabe aos pais ou responsáveis imputar-lhes os limites necessários para que não se percam em devaneios.
@majorelizetelima