Coluna Israel Guerra – Governador, quem tem fome, tem pressa!
Por Israel Guerra –
Não resta dúvidas de que o PT chegou ao poder no Piauí após vários anos de luta em defesa das classes sociais menos favorecidas. Empunhando a bandeira da segurança, da saúde de boa qualidade, da justiça, da educação para todos, enfim… da cidadania.
No entanto, é este mesmo PT, dirigido pelo governador Wellington Dias, homem dotado de boas intenções, com postura de estadista, em seu terceiro mandato, que passa vexames na conduta da carruagem administrativa do Estado.
Uma situação terrível para qualquer governo, pior ainda quando é herdada de governos anteriores. Inclusive dos seus.
E o que dizer do triste cenário econômico deixado pelo governo Dilma em que os Estados patinam em profundas crises financeiras e aumentam ainda mais o fosso social.
O povo, principalmente aquele mais sofrido, que depositou todas as esperanças na certeza de uma rápida solução, mostra sinais de agonia.
Tormentos como o desemprego, acompanhado da crise financeira, a pobreza e a fome fazem parte da rotina de muitos lares em nossa região, Extremo Sul do Piauí.
As ameaças de greve (ou as greves declaradas), dos servidores da educação e da saúde; manifestações, refletem com clareza a impaciência da população.
Todavia, sabemos que grande parte do problema é fruto de irresponsabilidades de administrações oligárquicas e políticos corruptos que não tinham ou não têm nenhum compromisso com os descamisados.
Faz-se necessário, portanto, que o governo adote com urgência medidas que realmente possam solucionar de vez, esses impasses administrativos que atropelam o desenvolvimento e a oferta de bons serviços em saúde e educação, oferecidos pelo Estado.
As greves, assim como o movimento dos estudantes que ficaram entrincheirados nas escolas e universidades são essenciais na busca de soluções.
As mudanças não ocorrem sem que sejam feitas pressões contra os grupos encastelados no poder.
Portanto, é chegada a hora de uma grande reação! Porque é duro, muito duro, ter que esperar! Já dizia o famoso sociólogo Betinho: “Quem tem fome, tem pressa!”
Israel Boaz Lemos Guerra – Jornalista
Já não se acredita mais nos políticos. Reside ai a “necessidade cultural” de vender o voto, mesmo sabendo o eleitor que será roubado depois. As politicas públicas, quando existentes, são de péssima qualidade. A urgência de comer, comprar um remédio receitado, tirar um raio X, arrancar um dente, quitação de uma conta de luz ou de água, tornaram-se as justificativas mais comuns para a venda do sufrágio. Só voto em quem me ajudar agora. O depois, há deixa pra lá, o futuro a Deus pertence!! Houvi muito isso. Certo é que, como dizia o saudoso ex-deputado piauiense Chico Figueiredo, “só muda o cachorro, mas a coleira é a mesma”. Deste modo, e infelizmente o “povão” a “massa”, não vislumbra futuro, pelo menos a grande maioria, estamos fatalmente condenados a ter muito mais do mesmo. Será porque nossos problemas estão fincados justamente na saúde, educação e segurança? Não ouso responder. Só sei que as coisas acontecem e o mais grave é que, além de não termos nada disso, ainda passamos fome. Ai fica difícil. Demagogia e populismo são, de longe, a praga brasileira.