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Município de Curimatá está à beira do colapso hídrico

Em razão da seca que tem castigado o município de Curimatá-PI, nos últimos anos, a barragem Vereda da Cruz, que abastece a cidade está à beira do colapso.

Castigada pela estiagem, o reservatório não tem sido suficiente para abastecer a cidade durante todos os meses do ano. O volume de água acumulado baixa rápido por causa da alta temperatura na região, em torno de 40°C e do sangrador que é muito baixo.

A partir do mês de julho, quando o nível fica abaixo do normal a AGESPISA, empresa responsável pelo distribuição e tratamento da água, não possui equipamentos para a captação e tratamento adequado da água.

Nesse período, é feita a adição substâncias químicas, como o cloro. O uso elevado destas substancias   tem sido motivo de muitas reclamações da população curimataense. Quando a Vereda da Cruz seca, a alternativa é a barragem Algodões II.

Inaugurada em 2004, Algodões II, foi construída com a finalidade de resolver a escassez hídrica das cidades de Curimatá, Júlio Borges, Morro Cabeça no Tempo e Avelino Lopes.

Com uma capacidade de 247 milhões m³, até hoje não cumpre a sua função como de fato foi projetada. A barragem fica na localidade Lagoa das Covas, a 23 km de Curimatá.

“O uso deste manancial se dar de forma criminosa por parte da AGESPISA. Para levar a água até a cidade é através do riacho Curimatá, por um percurso de 23 Km, simplesmente molhando areia e por um leito onde encontram-se vários animais mortos”, disse o engenheiro agrimensor, Aemerson Rodrigues.

Após a liberação, a água demora em média, 10 dias até chegar à cidade, mesmo com a válvula dispersora aberta em sua capacidade máxima e depois regulada em 20 m³/s para manter o fluxo.

O ambientalista Roberto Marques da Silva, residente em Curimatá, disse que os problemas agravam a cada dia. “Já estamos dividindo o que resta de nossa água com as localidades interioranas das cidades vizinhas, saindo diariamente, caminhões pipa. Temos que ser solidários e exercer nossa cidadania”, declarou o ambientalista.

A crise hídrica no município foi motivo de debate semana passada por vários cidadãos de Curimatá em rede social. No grupo de WhatsApp “Curimatá é Notícia”, os participantes expressavam suas indignações quanto á escassez e a má qualidade da água que é oferecida pela Agespisa.

Insatisfeita com a situação, a população curimataense, em 2015, fez uma manifestação, organizada pela comissão “Água é Vida”, com o objetivo de reivindicar soluções para o problema.

Na ocasião, foi entregue um documento ao Ministério Público solicitando providências. Na época, o governador Wellington Dias, através de sua assessoria manifestou-se, dizendo que havia um projeto pronto para ser executado, porém, passados cerca de dezesseis meses, nada foi feito.

Segundo Roberto, “em dezembro de 2015 a Agespisa prometeu que em janeiro de 2016 abriria  2 poços artesianos na Localidade Pedras, mas, não  cumpriu o compromisso”.

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