Em Palmeira do Piauí, Agespisa está sucateada.
Israel Guerra
Caixa d´água pode desabar a qualquer momento
A Agespisa em Palmeira do Piauí, é o exemplo da inoperância da empresa no Extremo Sul do Piauí. Em várias cidades da região a empresa não presta os serviços a contento. São muitos os problemas enfrentados pelos funcionários e usuários.
Em Palmeira, a situação é crítica. A empresa possui apenas dois funcionários para atender a população. Um deles, Raimundo Nonato é diretor e faz o serviço burocrático. O outro, é um faz tudo.
Aposentado a dois anos, Gilmar de Sousa Leal, 58, é o encarregado por todo o sistema da cidade que conta com cerca de 600 ligações. Ele faz corte, leitura, entrega as contas, tira vazamentos, bota o cloro, faz ligação, religação e instala hidrômetros. Ou seja, ele tem que dá conta de bater o sino e acompanhar a procissão.
Com o quadro de funcionários reduzido, os serviços oferecidos pela Agespisa na cidade, deixa muito a desejar. O desperdício de água e as ligações clandestinas causam grandes prejuízos para a Agespisa.
O sistema todo, resume apenas a um poço artesiano e uma caixa d´água. Não tem sequer, uma pequena estação de tratamento. A água extraída do poço vai direto para as torneiras.
A caixa d´água construída a 30 anos, pode desabar a qualquer momento. Com rachaduras nas paredes laterais vaza água dia e noite, comprometendo também a segurança da base de sustentação. É uma constante ameaça aos moradores vizinhos.
Eliza Maria de Sousa, que mora a 15 metros do reservatório disse que tem medo de um acidente a qualquer momento. “Tem noite que não durmo. Durante o dia muitas crianças brincam perto da caixa, as mães ficam apavoradas”, disse a moradora.
Para amenizar o problema na cidade a prefeitura construiu um poço artesiano e um reservatório (chafariz), para distribuir água para algumas residências.
Mas o sistema de distribuição do município é semelhante ao da Agespisa; caótico. Um emaranhado de mangueiras é o exemplo claro da falta de organização e compromisso com os munícipes e com a saúde pública.
A falta de água nas torneiras é constante na cidade. Sem outras opções, a população não tem para onde recorrer.