Coluna Hélvia Paranaguá – Chuva, a renovação da vida.

Pode soar esquisito, mas é isso mesmo: quando as primeiras gotas de chuva atingem o chão, a camada superficial do solo recebe o impacto dos pingos d’água, as partículas que repousam na faixa externa de terra são impulsionadas para o ar e se misturam com o vapor em suspensão, gerando aquele cheiro tão característico para nós, os sertanejos…

Tempo bonito no sertão, é aquele com céu negro, nuvens carregadas, que simboliza o renascer não só dos pastos, da lavoura, das matas, rios, lagoas e barragens mas acima de tudo, o renascimento da esperança e da vida…

E entre a chuva e a seca, existe o  piauiense…um povo que aprendeu a ser rocha mas com um coração quebrantado…
Que aprendeu na dureza da seca a ser árvore que até verga mas que o vento não quebra… 
Que tem fé nos dias vindouros, esperança na vida mesmo que ela por vezes nos amedronte…
Que estende uma mão ao próximo sem fazer alarde, que defende a família sem medir obstáculos, a plantar todo dia o amor, a guardar seu sofrimento, a sorrir da tristeza…

E como escreveu um trovador:
“A esperança, essa mentira
que a vida prega na gente
todo dia. E todo dia 
a gente crê novamente.”

 Que venham as chuvas trazendo esperança e renovação.

* Hélvia Paranaguá é natural de Corrente – Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Graduada em Letras/Inglês pela Universidade de Brasília- UnB, Pós-graduada em Ensino da Língua Estrangeira Moderna – LEM pela USP de Curitiba, Pós-graduada em Administração do Turismo em Núcleos Receptores pela Escola de Comunicação e Arte – ECA da USP, Pós-graduada em Administração Pública- CIPAD pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, Mestranda em Educação Pública pela Universidade de Brasília, Exerceu cargo de Secretária na Secretaria Extraordinária de Educação Integral do DF.