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Praça do Marquês em Parnaguá é inaugurada com grande festa

Por Israel Guerra – 

Uma grande festa marcou a inauguração da reforma da praça Marquês de Paranaguá, nesta última quinta-feira 27/09, na cidade de Parnaguá-PI.

A sociedade parnaguaense lotou a praça para prestigiar a solenidade de entrega do mais novo cartão postal da cidade. Um grande show artístico com as bandas Gospel Life de Corrente, Arreio de Ouro, Real Som da Bahia e Tetezinho do Arrocha animaram a multidão.

Localizada no centro de Parnaguá – 370 anos de emancipação política, a praça é um marco histórico numa das primeiras cidades do Estado do Piauí, e dá nome a uma das mais importantes figuras do Brasil Império, João Lustosa da Cunha (Marquês de Paranaguá -1850), nascido no torrão parnaguaense.

Ao centro da praça encontra-se a igreja matriz, ao seu redor, foram construídas as primeiras edificações do município; residências e órgãos públicos.

Construída em 1976, pelo então prefeito Benjamim Lustosa, a praça tornou-se a principal área de lazer da cidade, onde os parnaguaenses se reuniam para um gostoso bate papo, debaixo de uma grande figueira, ao final da tarde.

Atualmente, ainda resistem o antigo prédio da cadeia pública, que hoje sedia a Câmara Municipal e algumas residências antigas, como a centenária casa do ilustre Cândido Araújo (Sr. Caindinho).

A reforma da praça era um anseio do povo parnaguaense. Na solenidade de inauguração o prefeito Jondson Castro Fé (Alemão), disse, que é mais um sonho realizado, dentre outras obras importantes já construídas em sua administração.

“O mérito não é apenas do prefeito, mas de toda a equipe que faz a Prefeitura de Parnaguá, desde o mais simples cargo, ao gestor. É um orgulho para a nossa administração entregar à sociedade parnaguaense uma das mais belas praças do estado do Piauí”. Destacou o prefeito, tomado pela emoção.

Foram investidos recursos na ordem de 527 mil reais na obra, sendo 370 mil reais de convênio com a Secretaria de Cultura do Estado do Piauí, assinado em setembro de 2017, e 156 mil reais recursos próprios da Prefeitura de Parnaguá.

 

                                                   Biografia do Marquês de Paranaguá

 Nasceu na Fazenda Brejo do Mocambo, na antiga freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá (atual município de Parnaguá), Piauí. Filho do coronel José da Cunha Lustosa e de D. Ignácia Antônia dos Reis Lustosa, e neto do capitão-mor José da Cunha Lustosa e da paulista Helena Camargo de Sousa.[1] Eram seus irmãos o Barão de Paraim e o Barão de Santa Filomena.

Formado pela Faculdade de Direito de Olinda em 1846, casou-se no ano seguinte, em Salvador, com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos (Salvador3 de setembro de 1829 — Nova Friburgo20 de novembro de 1873), filha do Visconde de Monserrate, com quem teve seis filhos:

Desde cedo ocupou os cargos de juiz distrital, delegado de polícia em Salvador, secretário da Província da Bahia, juiz do Distrito de Petrópolis, juiz da 3ª Vara Cível da Corte, fazendo a sua carreira na magistratura até atingir o cargo de conselheiro (atual desembargador), em sua província natal, aposentando-se em 1878 com honras de Desembargador.

Foi deputado provincial pela província da Bahia (1848-1849). Foi deputado geral, representando a província do Piauí entre 1850 a 1864, nas 8ª e 13ª legislaturas, tomando posse em 21 de dezembro de 1849. Foi nomeado senador vitalício por Carta Imperial de 16 de janeiro de 1865, em diversas legislaturas entre 1865 a 1889, quando houve a queda do Império no Brasil. Tendo iniciado a vida política nas fileiras do Partido Conservador, tornou-se posteriormente um dos líderes do Partido Liberal.

Fez parte de vários gabinetes da Coroa:

Obs: Quando ocupou a Pasta da Guerra o país estava mergulhado no conflito com o Paraguai.

Além das atividades políticas teve intensa vida cultural, tendo presidido a “Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro” desde 1883 e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que presidiu de 1906 a 1907, além de ter sido membro efetivo e honorário de entidades similares.

Algumas de suas correspondências com o imperador D. Pedro II, de grande valor histórico, estão preservadas no Museu Imperial de Petrópolis.

Títulos nobiliárquicos

Foi o segundo visconde (com grandeza), título concedido por decreto imperial em 18 de janeiro de 1882 e segundo marquês de Paranaguá. Grande do Impérioveador de Sua Majestade a Imperatriz, comendador da Ordem de São Gregório Magno, dentre outras.

Foi agraciado com o título de marquês em 1888. Com a proclamação da República abandonou a atividade política.

Governo da Bahia

Por menos de um ano esteve à frente do Governo da província, nomeado por carta imperial de 26 de fevereiro de 1881. Assumiu o governo a 23 de março daquele ano, ocupando-o até início do ano seguinte, quando assume o cargo de Primeiro-Ministro.

Presidência do ministério

Foi primeiro-ministro no 26º gabinete, em 1882. Como ministro da Fazenda reduziu a emissão de papel-moeda e diminuiu os juros da dívida pública, pois quando ocupou o cargo de ministro da Guerra, o país se encontrava em guerra contra o Paraguai, obrigando o governo imperial emitir títulos da dívida pública para compensar os gastos com o conflito.

 

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