Coluna Fabriciano Corado – Tudo que vicia começa com “C”?

* Fabriciano Corado (Fafá)

Certo dia, em uma manhã quente no interior do meu Piauí, recebi um pequeno texto sem autoria, três ou quatro linhas mais ou menos.

Li.

Achei interessante a ideia ali escrita e tomei a liberdade de continuar e complementar o tal texto.

Por alguma razão que ainda desconheço, resolvi compartilhar com vocês…

Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. A medida que pensava, mais e mais surgiam coincidências… veio na mente que tudo que vicia começa com a letra “C”!

Fazendo-se uma cronologia de vida, inicialmente, lembrei-me do cigarro. Cigarro vicia e começa com a letra “c”. Temos também o charuto (para os apreciadores) e o cachimbo com a mesma força de vício.

Sem saber como, me recordei da cerveja, que aos poucos nos conduz a provar outra bebida: a cachaça… as duas começam com “c”… Daí para o whisk (opa… não começa “c”…), mas observei que o whisk é um conhaque com malte…

Continuei a observar…

Os nossos irmãos sulistas tão apreciadores do café como no restante do Brasil, não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha? – começa com a letra “c”. Refletindo assim, cheguei à resposta de uma questão comercial que me consumia: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno… Descobri: a Coca-Cola tem dois “cês” e a Pepsi não tem “c”  nenhum…

Pensando assim, lembrei-me das drogas pesadas: começando pela maconha que é apenas o apelido da Cannabis sativa que também começa com cê. Qual não foi meu espanto ao observar que a cocaína e o crack também viciam e começa com o tal do “c”… Impressionante!

E os jovens? Mais propensos a experimentarem novas experiências, logo que começam a namorar, como presente, levam ao primeiro encontro, geralmente uma caixa de chocolate para a pretendente…

Nesta altura, comecei a pensar… sexo vicia e não começa com a letra “c”. Pois me enganei redondamente… sexo é simplesmente a palavra que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o ato sexual e este é denominado coito ou cópula… e começam com “c” !  Daí para o casamento que é o resultado do namoro, é um pulo… pois criança também é o vicio do casal e às vezes, para não engravidar rapidamente, recorre-se ao tal comprimido (anti-concepcional)…

E o computador? E o celular? Estes dispensam comentários.

E os vícios alimentares? Conhecemos aos montes, principalmente quando as pessoas resolvem fazer dieta e retiram o famoso sal (cloreto de sódio) e o açúcar (oriundo da cana), bem como carboidratos, carnes e condimentos…

Até na política alguns vícios são danosos, e os brasileiros lutam atualmente para derrota-los… exemplo disso é a corrupção e o caixa 2. Vícios que esperamos poder estipar do Brasil (ironicamente me lembrei do Congresso)… rsrsrsrs

Sinceramente eu nem vou entrar no mérito do capitalismo e comunismo – adivinhem – começam com “c”…  pois frequentemente viciam os pouco informados além de fortalecerem ideologicamente os laços dos “companheiros”, “camaradas” e “coxinhas”.

Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de um vício musical chamado “Caneta Azul”. Ficou todo o mundo viciadinho no tal jingle.

Pois é… depois dessa viagem alfabética, coincidência ou não, tudo que vicia começa com “c”. Porém nem tudo que começa com “c” vicia. Pois se assim fosse, a humanidade seria viciada em Cultura.

No entanto, depois de analisar bem o que refleti, cheguei a uma conclusão: devemos ter coragem, confiança, carinho e consideração por todas as pessoas que nos rodeiam, pois assim, nossa convivência nesse mundo será melhor… foi isso que orientou aquele que a muito tempo catequisou, consolou e ensinou o verdadeiro caminho:  O CRISTO, viciemos Nele!

* Fabriciano Corado (Fafá) é agrônomo, colunista do Portal Fort Notícia.

Graduado em Engenharia Agrícola – Universidade Federal de Goiás – UFG; Especialização em Agronegócio e Meio Ambiente – Universidade Estadual do Piauí – UESPI; Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas – Universidade Federal do Piauí – UFPI; Preside a Associação Ambiental e Controle da Desertificação de Gilbués – ONG SOS Gilbués.