Curimatá- Abandonado, Complexo Valdecir Albuquerque é cenário do descaso na educação municipal
“A situação pior é dos professores, sem reajuste salarial”
Por Israel Guerra
O Complexo Educacional Valdecir R. de Albuquerque, localizado no centro da cidade, é o retrato do descaso no sistema público do ensino municipal na cidade de Curimatá.
Quem passa pela Avenida Curimatá, em frete ao prédio, percebe claramente o estado de abandono de uma das pricipais escolas da cidade. Do lado de fora: paredes sujas, as janelas estão quebradas e enferrujadas, com tapumes para rebater a poeira e luz do sol.
Por dentro, a situação é ainda pior: piso quebrado, paredes sujas, forro de PVC caindo, ventiladores e ar condicionados quebrados, os alunos assistiam aulas no calor infernal. Quando chove, os professores paralisam as aulas por causa das goteiras no teto. O mato e o lixo invadem o quintal.
Construção histórica e bastante simbólica para o município. A escola foi erguida nos anos 70 para acolher a antiga CENEC. Por alí passaram grandes nomes da educação e cultura curimataense.
A escola leva o nome do pai do atual gestor da cidade, o que supostamente, poderia ter uma melhor atenção do prefeito Valdecir Júnior.
De acordo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Curimatá, Zoraide Fernandes, a falta de compromisso da atual gestão com a educação municipal, é inaceitável.
“Não é apenas esta escola que está sofrendo. A situação pior é dos professores, sem reajuste salarial. O prefeito não valoriza a classe”, explicou.
As imagens são chocantes para uma cidade que já foi referência na educação e cultura no extremo sul do Piaui. A cidade do professor poliglota e escritor, Samuel Guerra; do professor Júlio Borges de Macedo; professora Severiana Vargas Aragão; dentre outros filhos ilustres da cidade, que por ali passaram e se destacaram em suas profissões em vários estados do Brasil.
Recentemente, o Sindicato dos Servidores Públicos de Curimatá-PI (SINDSERM), representou junto ao Ministério Público Estadual, denúncia, contra o prefeito Valdecir Júnior e a secretária de educação do município, Anubete Angelino, por pagarem aos professores um dos piores salários do Estado do Piauí e do Brasil.
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