Coluna Coronel Elizete- A Bispa mais corajosa que já vi!
Esta semana, no contexto polarizado da posse do presidente Donald Trump, um discurso destacou-se pela força de sua mensagem e pela firmeza de sua verdade: o da Bispa Mariann Edgar Budde, a primeira mulher a liderar a Diocese de Washington, da Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Suas palavras ecoaram como um apelo à defesa dos direitos humanos e ao resgate de valores fundamentais que parecem, muitas vezes, perdidos no meio das divisões políticas e sociais.
A trajetória de Edgar Budde é, por si só, um testemunho de superação e liderança. Como filha de imigrantes, ela personifica a pluralidade cultural e os ideais que moldaram os Estados Unidos. Como mulher e líder religiosa, rompeu barreiras de gênero em uma instituição que, por séculos, foi dominada pelos homens. Ao se posicionar durante a posse de Trump, sua postura foi mais do que um ato de coragem pessoal – foi um gesto profético, na mais pura acepção da palavra.
Ao olhar para o legado de Mariann Edgar Budde, fica claro que sua liderança transcende a esfera religiosa, tornando-se um símbolo de resistência ética e moral em um mundo cada vez mais fragmentado. Além disso, sua experiência como filha de imigrantes traz uma perspectiva crucial para a discussão. Os imigrantes, muitas vezes tratados como “outros” em diversos contextos, carregam em si histórias de luta, esperança e contribuição inestimável para a sociedade.
Há algo profundamente inspirado em uma mulher que, munida de fé e da força de suas convicções, desafia não apenas estruturas políticas, mas também narrativas religiosas distorcidas que, infelizmente, servem como alicerce para a discriminação. Ao rejeitar qualquer interpretação da religião que promova a exclusão, Budde resgatou a essência do cristianismo como um movimento de inclusão e solidariedade.
Compreendo a preocupação da bispa Budde. Contudo, a administração americana passada, abriu praticamente as fronteiras, favorecendo a entrada de gente de bem e de outros nem tão de bem assim. A segurança nacional é uma das preocupações elancadas. O equilíbrio de decisões deve prevalecer. Deus no controle.