Coluna Israel Guerra – O “velho” e o “novo” jeito de fazer política

Por Israel Guerra

Ainda hoje em nosso país e, de modo especial em nossa região, o “velho jeito” de fazer política se julga acima do bem e do mal ao insistir em suas práticas mesmo sob a luz dos mais diferentes holofotes.

Mesmo diante das revelações em todo o aparato midiático, de suas perversidades decorrentes das práticas ilícitas, o “velho jeito” parece querer que fiquemos paralisados, perdidos diante de tanta amargura.
É em meio a esse contexto que emerge também o discurso de anseio pelo novo e também por mudanças.

Sabe-se que o “novo” é exigente, não surge com “velhas” práticas e engana-se quem pensa que não há mais solução alguma.

O Portal Fort Notícias abraça a ideia do Encontro das Cidades do Extremo Sul do Piauí, acreditando ser uma nova forma de discutir as políticas regionais, de modo que as velhas práticas sejam escanteadas diante das amarguras e do desejo da sociedade por um novo modelo de participação.

O “novo” exige novas atitudes. Estudos, pesquisas são grandes aliados na construção de alternativas nos permitindo também, ousar ao afirmar que nem tudo está perdido. Essa “ousadia”, somada a uma boa dose de sabedoria permite “separarmos o joio do trigo”, contribuindo no processo de transformação da realidade política do Extremo Sul do Piauí.

Ainda que seja o início de uma longa caminhada já é possível observarmos que algo de bom pode acontecer. Como exemplo, as obras da BR-135 e a implantação do Selo de Inspeção Municipal em Corrente (Selo SIM), são frutos colhidos. Precisando serem regados (acompanhados) o projeto do Consórcio Público da Saúde e as obras das estradas da Chapada das Mangabeiras, orçada em R$ 15 milhões e a PI que liga Avelino Lopes ao Oeste da Bahia.

Nessa busca pelo novo, aos poucos, vamos identificando ao longo desta caminhada a necessidade de melhorar o que não está bom. E é curioso o quanto esse movimento é permeado por resistências, tendo os mais variados motivos.

Dentre as várias propostas, assuntos até aqui apresentadas, muitos dizem que a política deveria ter sido a primeira delas a ser colocada em discussão.  E quais propostas podemos apresentar para uma nova política na região? As respostas são ainda vagas e algo que carece de atenção e ousadia nessa difícil missão.

Seja qual for o novo modelo, será que dará conta de inovar, reformar, melhorar o “ser político” que somos? E o toma lá, dá cá?

Uma ação como essa envolve pessoas com seus velhos e/ou novos jeitos de fazer política. E isso não se restringe apenas a um movimento.

De tudo que tenho visto, estudado, sentido, estou cada vez mais convicto de que precisamos iniciar mesmo a reforma de nós seres humanos.

Uma boa EDUCAÇÃO é o caminho para o exercício pleno da cidadania e das mudanças que queremos.

* Israel Boaz Lemos Guerra é jornalista, editor do Portal Fort Notícias.