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Sem água, Agespisa para atividades em Cristalândia e povo passa sede.

Por Israel Guerra –

A população de Cristalândia do Piauí está sofrendo com a falta d´água nas torneiras. Sem água nos reservatórios, a Agespisa empresa responsável pelo abastecimento na cidade, está sem condições de funcionamento.

A seis meses os usuários não recebem água em casa. As fontes hídricas que abasteciam a cidade secaram. O rio Palmeira secou, os poços artesianos também secaram, não tem água sequer para beber, um verdadeiro colapso hídrico.

Das 1.400 ligações residenciais que existem na cidade apenas 400 estão ativas. É crescente o número de usuários que pedem para cortar a ligação porque não tem nenhuma previsão de quando terá água.

A Agespisa conta com seis poços artesianos para captação e caixas d´agua com capacidade para 50 mil litros para abastecer a população, mas todos estão secos, informou Valdson Nunes, chefe do escritório em Cristalândia.

“O nosso serviço aqui resume apenas em abrir as portas do escritório, sem água não há o que fazer”, explicou o chefe.  

Os funcionários do órgão passam o dia de braços cruzados sem poder exercer suas obrigações devido à falta d´água e as péssimas condições de trabalho.

A desempregada Raulina de Sousa, seis filhos, disse que não aguenta mais tanto sofrimento. “Isso aqui não é vida de gente”, reclamou.

Maria Mercês da Silva, 66 anos, falou da angústia de passar vários dias sem água em casa. “A vida aqui é um tormento, nunca pensei de passar por isso, é o fim do mundo” disse a aposentada.

A doméstica Maria de Lourdes Alves, junta vários baldes e caixas d´água em sua casa para encher no momento que a pipa passar. “Se Deus não mandar chuva não sei o que será de nós. Os políticos só para roubar!”, desabafou.

ÁGUA VEM DA BAHIA – OPERAÇÃO CAMINHÃO PIPA

Com as fontes hídricas secas, (rio Palmeira e poços artesianos), a Prefeitura de Cristalândia em parceria com a Secretaria de Defesa Civil do Estado do Piauí, disponibiliza quatro caminhões pipas para abastecerem a população urbana e do interior.

Os caminhões são insuficientes para abastecerem uma população de cerca de oito mil habitantes, segundo dados do IBGE.

Os veículos buscam água na cidade de Formosa do Rio Preto, Estado da Bahia, num percurso de 120 quilômetros ida e volta.

MIL LITROS POR R$ 45,00

O proprietário de um caminhão pipa, Cleuber Alves Brito, trabalha a um ano vendendo Água em Cristalândia. Além dele, mais dois pipeiros vivem desta atividade. Eles vendem 500 litros por R$ 20,00 e mil por R$ 45,00.

“Nos pegávamos água no rio Paraim no município de Corrente, como o Paraim secou estamos buscando em Formosa-Bahia”, explicou.

Os pipeiros passam de porta em porta oferendo água, as pessoas de melhor poder aquisitivo enchem seus reservatórios, os que não podem comprar tem que aguardar os caminhões da Defesa Civil.

Segundo Cleuber é um trabalho diário, pois em algumas residências mil litros só dão para dois dias.     

 

 

 

 

 

 

 


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