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Coluna Israel Guerra – A fábrica de produzir pobres

Por Israel Guerra

A pobreza não para de crescer no Brasil. Segundo dados da última pesquisa do IBGE (2017), há 52 milhões de pessoas vivendo na linha de pobreza, que possuem renda de apenas 387 reais mensais.

Esta parcela da população é resultado da falta de políticas públicas que estão a ser seguidas pelo Governo Federal. Obviamente que esse número pode aumentar ainda mais se não for estancada o desvio de verbas públicas em todas as esferas do poder. A corrupção é a principal máquina de fazer pobres.

Os números recentemente divulgados apontam para 24,4% da população brasileira em risco de pobreza ou de exclusão social, onde um em cada quatro brasileiros sobrevive no limiar da pobreza.

Infelizmente, não é coisa que nos surpreenda quando são cada vez mais frequentes as notícias de casos de fome sinalizados nas escolas, de crianças e jovens que mal têm de comer em casa.

Os dados do IBGE revelaram o que todos nós já sabíamos. O enorme desafio que a nação tem pela frente em combater as mazelas das classes menos favorecidas.

São muitas as preocupações, uma situação desafiadora. Agora, mais ainda, que se viu confrontado com o número oficial de 52 milhões na pobreza absoluta. Na pobreza extrema aqueles que ganhavam o equivalente a R$ 133,72 por mês estavam mais de 13,3 milhões de brasileiros.

Na pesquisa anterior havia tido uma redução, seriam 45 milhões de pessoas em 2015, ou 22% da população. Ainda que maquiada pelo governo da então presidente Dilma Rousseff, que proibiu o IBGE de divulgar em período eleitoral, os números reais da produção da grande fábrica de produzir pobreza, agora é uma unanimidade.

Ora, essa suposta redução é uma falácia, que resulta apenas do modo como cada governo mede o grau de pobreza, ao não levar em conta alguns critérios importantes como, o generalizado baixo poder de compra dos salários e o aumento do custo de vida. Portanto, não havendo motivos para regozijos.

O grau de pobreza ou exclusão social é medido através da análise de três situações: o mercado de trabalho, a distribuição de renda e a mobilidade social.   A pesquisa de 2015 era de acordo o gosto do freguês e carrega, claro, um componente político em que o governante divulgava que estávamos numa economia equilibrada e vivendo num mar de rosas, ou aliás, num céu de estrelas vermelhas.

A desfaçatez não tem limites. O equilíbrio econômico-social ainda continua sendo um sonho de cada cidadão deste país.

O agravamento do fosso social é cada dia mais visível, senão vejamos a distribuição da riqueza produzida, com os ricos a aumentarem os seus lucros na proporção exata do aumento da massa de pobres. O motor da fábrica nunca desliga.

Não adianta tentar jogar o lençol sobre a nação para encobrir a miséria que está a olho nu, seja nas grandes cidades Brasil afora, ou mesmo, nos pequenos municípios do abandonado Extremo Sul do Piauí, onde a educação e a saúde ainda patinam em baixos níveis.

Os 52 milhões de pobres são o resultado mais evidente e palpável da desonestidade dos eleitores e políticos de nosso país. E não há quem desligue o motor desta desgraçada máquina.

Israel Boaz Lemos Guerra é jornalista, editor do portal Fort notícias.

 

 



Um comentário sobre “Coluna Israel Guerra – A fábrica de produzir pobres

  • Temos que entender que em um país onde a renda per capita dos 20% que ganham mais, cerca de R$ 4,5 mil, chega a ser mais de 18 vezes que o rendimento médio dos que ganham menos e com menores rendimentos por pessoa – cerca de R$ 243… lamentamos. a falta de implementação de politicas publicas ao longo do tempo dificulta ainda mais o problema…

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