O adeus a Dom Ramóm, bispo Emérito da Diocese de Bom Jesus do Gurguéia.
Por Israel Guerra
“Deixa um grande legado como educador, como pastor foi um grande missionário, homem de Deus. Continua imortalizado em nosso meio”, assim resumiu a vida de Dom Ramóm, o padre Domingos, da paróquia de Cristalândia do Piauí, ordenado há 29 anos.
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“Servir e não ser servido” – Esse era o lema de Dom Ramóm, disse, Dom Marcos Tavoni.
A Catedral Nossa Senhora das Mercês, em Bom Jesus, ficou pequena para acomodar a multidão que foi dá o último adeus ao bispo morto no último dia 28 de abril. Católicos e protestantes de vários municípios da região e do estado do Piauí participaram do enterro do missionário que escolheu o Extremo Sul do Piauí para pregar o evangelho por mais de 50 anos, desde 1967.
Ontem 1º de maio, na cerimônia fúnebre (missa de corpo presente), presidida pelo Bispo Dom Marcos Tavoni, da Diocese de Bom Jesus do Gurguéia, estavam presentes representantes das 26 paróquias, 40 padres e os bispos das dioceses do estado do Piauí. Dom Jacinto Brito, de Teresina; Dom Plínio José, de Picos; Francisco Gabriel, de Campo Maior; Dom Edivalter, de Floriano; Dom Eduardo, de São Raimundo Nonato, além do Provincial Nacional da Ordem Mercedária, John Londery e comunidades católicas de vários municípios do Extremo Sul do Piauí, onde Dom Ramom atuou.
Para o padre Anísio Marques, da Paróquia Divino Espírito Santo, de Corrente-PI, ordenado por Dom Ramóm há 22 anos, o bispo deixa um grande legado na formação dos padres desta região. Em seu bispado ordenou mais de 20 padres. “Para mim o seu maior legado é o exemplo de simplicidade e o zelo pastoral” disse o pároco de Corrente.
Segundo Dom Marcos Tavoni o lema de Dom Ramom era: “Servir e não ser servido”. Assim, definiu o homem que realizou um grande trabalho missionário no Extremo Sul do Piauí. “Tudo que ganhou distribuiu”, pontou.
Tavoni fez um breve relato da vida de Dom Ramóm, desde a sua chegada na região em em 1967, enfrentando dificuldades em estradas ruins, passando por seu trabalho de evangelização em lombos de burros (‘Morena” apelido da Burra), até os últimos anos, exercendo o papel de líder da comunidade católica na região.
Dom Ramóm foi enterrado ontem às 16h, na sede da catedral de Bom Jesus ao lado do bispo Dom José Vázquez morto em 1989.