Coluna Raimundo Ney – Ser honesto vale a pena
* Raimundo Ney
Na Bíblia, a palavra grega que às vezes é traduzida “honestidade” significa literalmente “aquilo que é intrinsecamente ‘bom’”. Também pode ter a ideia de algo bonito de se observar em sentido moral.
Os cristãos levam a sério as palavras inspiradas do apóstolo Paulo: “Queremos nos comportar honestamente em todas as coisas.” Mas o que está envolvido nisso?
A maioria das pessoas dá uma olhada no espelho toda manhã antes de sair de casa, procuram o melhor ângulo até decidir se está conforme. Por quê? Porque querem ter uma boa aparência ou mostrar isso!! Mas existe algo muito mais importante do que ter um corte de cabelo estiloso ou uma roupa da moda. Na realidade, a pessoa que somos no íntimo pode realçar ou desvalorizar nossa aparência. Assim, podemos ser o reflexo de nosso estado de espirito.
A Palavra de Deus diz claramente que temos a tendência de fazer o que é errado. “A inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude”, diz Gênesis 8:21. Assim, se queremos ser honestos, temos que lutar contra nossas tendências pecaminosas, nosso lado indesejado. O apóstolo Paulo descreveu de modo bem realista sua própria luta contra o pecado: “Eu realmente tenho prazer na lei de Deus segundo o homem que sou no íntimo, mas vejo em meu corpo outra lei guerreando contra a lei da minha mente e me levando cativo à lei do pecado que está no meu corpo.” — Romanos 7:22, 23.
Por exemplo, quando o coração nos induz a fazer o que é errado e somos tentados a ser desonestos, não precisamos ser escravos dos impulsos do coração, a razão quer e precisa sobrepor-se. Ainda temos uma escolha. Quando decidimos rejeitar um pensamento errado, permanecemos honestos apesar da desonestidade que nos cerca.
Trazendo a reflexão acima para os fatos que nos atormenta diuturnamente nos dias de hoje, chegamos a conclusão de que a luta contra o errado tem sido em vão. Chegamos a pensar que ser honesto é exceção na equivocada regra dos desvios de conduta.
Chega a ser vergonhoso se dizer honesto. Vejam que há certo constrangimento em dizermos “sou honesto”, pois certamente iremos receber duras críticas, inesperadas críticas, como fascistas, demagogos, etc..
Pois bem, é nesse momento que os bons devem se manifestar. Em meio a esse caos nefasto por sua própria natureza, a omissão dos honestos só estimula a perpetuação dos maus.
Sabemos que o tema depende da ocorrência de fatos que nos dê elementos de convicção para a formação de opinião. Sem eles, os fatos, não seria possível resistir ao pecado da desonestidade, pois letal que é, causa enorme clamor por suas consequências, daí a possibilidade de combatê-lo, por meio de fatos.
O fato é que, quando nos colocamos a debater se um ato honesto é certo ou não, só nos revela como e o quanto a nossa sociedade está doente, carcomida por uma epidemia a qual sabemos ter cura. Ser honesto vale a pena e é extremamente necessário nos dias de hoje.
Sou ficha limpa e você?
* Raimundo Ney de S. Nogueira Paranaguá é de Corrente-PI, advogado militante, formado em Ciências Jurídicas pelo UNICEUB/DF, pós-graduado em Direito e Jurisdição pela escola Superior da Magistratura do Distrito Federal – AMAGIS-DF.