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Coluna Fabriciano Corado – A Copa e a esperança do povo

 

* Fabriciano Corado (Fafá) 

A copa chegou… o que dizer em um momento de um evento tão importante? Paixões… torcida… vitórias… tudo nos leva a sair de nossa realidade…Em conversa com meu irmão ele sabiamente me disse: “Há seis anos tivemos a Copa das Confederações aqui no Brasil. Eu, então, achando-me apenas um terrível  insuportável  indignado, mas também um solitário com uma imensa raiva.

Eu conseguia ver mais além e enxergar um país despreparado, mergulhado em uma corrupção que iria além de siglas de partidos, correndo pelos municípios, estados e indo até mais alta esfera federal.  Seguia o rastro que ia e via abraçando o judiciário, invadindo muitas das escondidas repartições públicas, e terminava sempre alcançando em meu bolso.

Sabia as licitações fraudulentas e superfaturadas das obras em construção, que transcendiam também aos inúmeros governos passados,  e nos conservava  todos acorrentados, vivendo nossa crônica tragédia social e econômica, e sem ousar vivermos sonhos maiores de uma merecida e justa dignidade.

Piorando a minha solidão, vi à época a  maifestação estudantil no Chile de 2012, esse país uma ilha única de desenvolvimento e cultura na nossa América do Sul. Ali mais de 100.000 estudantes estavam nas ruas em uma reinvindicação,  imensa, ordeira e cidadã, para melhorar o que já era excelente naquele país, luta para melhorar mais ainda a sua educação. Era cidadania e civilidade demais para mim! Senti-me mais ainda isolado e empurrado para mais o canto apertado onde eu já estava!

-Deus…!!! Mude a nossa realidade e mova a todos para mudar nossa nação!!! – Gritei mais uma vez alto, indignado e solitário.

Veio o primeiro jogo da Copa das Confederações , aqui em Brasilia, Brasil  x Japão. Minha raiva me fazia somente enxergar aquele estádio Mané Garrincha , que eu já sabia superfaturado e que esta bomba viria fatalmente estourar em nosso colo anos depois. Mas o jornalismo teve que informar sobre um pequeno grupo de pessoa que a polícia vigiava ao longe dali e também não aceitava todo aquele suntuoso evento, em contraste com o inexistente básico que não vivíamos.

Eram poucos!  Mais a noite, para minha grande surpresa, os cidadãos , em todo país , foram às ruas , em ordem, sérios, contra tudo e não especificamente contra pessoas. Fortes, firmes, arautos do poder cidadão que possuímos e agora exercíamos em união. Milhões de pessoas em todas as capitais e municípios do nosso país iniciaram este grito de basta e repúdio. O silêncio resolveu gritar!

– Não estou só! – Exclamei sentido-me no meio de semelhantes que sentiam o que eu sentia e também enxergavam o que eu via! Uma imensa alegria me fez sorrir e tomar força para até agora continuar gritando contra os erros em nosso país e firme desejo deixar um Brasil evoluído e curado aos meus filhos e netos.

Nessa copa do mundo deste ano, que ocorre na Rússia, vejo a boa apatia tomando todo o Brasil. Inércia e desânimo este que àquela época já me contaminava. Alcançou e tomou pelos pulsos e corações toda uma nação. Vejo, realmente, que a maturidade chegou por aqui.

Sabemos mais separarmos uma boa diversão, que inicia e termina rapidamente, do que realmente nos importa, de todo que nos faz falta e que irá construir, crescer e solidificar nossas futuras gerações.

Que Deus continue radicalmente e profundamente nos mudando, pois o Brasil sou eu e somos todos nós!

Ainda temos muito chão a correr e conquistar, mas sinto que posso dizer um pouco mais tranquilo agora  que, para mim,  um tempo de cantar chegou!”
As palavras de meu irmão Araújo Filho falaram alto em mim… esperemos que esse cantar tenha chegado com belos ritmos e lindas sinfonias!
Avante Brasil!!!

* Fabriciano Corado (Fafá) é agrônomo, colunista do Portal Fort Notícias.

Graduado em Engenharia Agrícola – Universidade Federal de Goiás – UFG; Especialização em Agronegócio e Meio Ambiente – Universidade Estadual do Piauí – UESPI; Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas – Universidade Federal do Piauí – UFPI; Preside a Associação Ambiental e Controle da Desertificação de Gilbués – ONG SOS Gilbués.

 

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