Portal B1 agride o Cidade Verde, Fort Notícias e assassina a ética jornalística.

Já dizia o ex-governador do Piauí, Mão Santa:  “A ignorância é audaciosa”. Decididamente, nem o mais ferrenho adversário escreveria tamanha bobagem.

A matéria publicada no Portal Portal B1, assinada pelo repórter João Vitor, com o título “A informação de que Dr. Alcindo é cotado para assumir Saúde do Piaui é mentira”, causa vergonha aos comunicadores de Bom Jesus, além de assassinar a ética jornalística.

É uma agressão e um desrespeito à mídia do Estado do Piauí e desta região, por ser uma matéria do Portal Cidade Verde reproduzida pelo Portal Fort Notícias.

A matéria é assinada pela renomada jornalista Yala Sena, que já atuou nos mais importantes meios de comunicação do Estado do Piauí. No seu texto, Yala diz que um dos nomes indicados pelo PP para assumir a Secretaria da Saúde do Estado, é o do ex-prefeito de Bom Jesus, Alcindo Piauilino. Com uma carreira tão brilhante e a competência que lhe é peculiar, a jornalista não colocaria em dúvida, nesta matéria,  a sua credibilidade.

A falta de respeito com a jornalista, com os leitores e as instituições – Portal Cidade Verde e Portal Forte Noticias é tamanha que o repórter não obedeceu sequer um dos princípios básicos do jornalismo, que é o de ouvir as partes envolvidas no fato.

Se há escassez de capacidade intelectual ou mesmo de uma simples interpretação de texto, certamente o problema não está no veículo. Mas texto como este, do repórter João Vitor, sugere que a escassez de conhecimento no fazer jornalismo afeta a redação do Portal B1.

Neste caso, a falta de uma formação profissional para tal ofício, mais que a falta de inteligência, é uma ameaça à liberdade de imprensa.

Por mais incompetente que seja o profissional, não se pode confundir liberdade de imprensa com liberdade de expressão.  Por mais irresponsável que seja a atuação de um veículo de comunicação, ele não pode disseminar o caos.

O bom jornalismo é, obrigatoriamente, ético. Ao desempenhar a função de comunicador e não conhecer as questões éticas, a mídia perde valor e credibilidade.

O código de Ética dos Jornalistas reza – O jornalista deve:

 -Tratar com respeito a todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar. 

– O jornalista deve permitir o direito de resposta às pessoas envolvidas ou mencionadas em sua matéria, quando ficar demonstrada a existência de equívocos ou incorporações.

 O maior bem que um jornalista, enquanto profissional, pode possuir é sua credibilidade, e não seu emprego. É a credibilidade que o dará destaque, é o que vende, é o que será seu ganha-pão.

Diante deste cenário, é preciso que façamos alguns questionamentos e reflexões: Será que este repórter sabe que o jornalista carrega cotidianamente uma concepção de mundo? Qual a imagem que o repórter tem de si mesmo?

Ele ou o Portal B1, sabem que existe Código de Ética? Sabem que os Códigos falam em responsabilidade, liberdade de imprensa, independência, verdade, imparcialidade e honestidade no jornalismo? E sabem os conceitos que trafegam com estas palavras?

Enfim, há muitas perguntas a fazer e responder. As respostas exigem profundas reflexões. Já passou da hora de se pensar e agir, que o alcance de uma ofensa produzida por um meio de comunicação alcança danos muito mais graves que uma ofensa em outro cenário. Já virou praxe deste Portal violar a Lei.

O jornalismo profissional deve estar comprometido com o fato e por que não dizer com as suas consequências?

No texto, o que mais chama a atenção é a estupidez de quem não conhece as linhas do jornalismo cidadão e a ignorância em confundir liberdade de expressão com irresponsabilidade, espinhando direitos tão decisivos como o direito ao bom-nome, à honra e à dignidade de cada pessoa e das instituições.

E agora, encontraram um bom motivo para dizer basta à sua forma imoral de fazer jornalismo, publicando textos opinativos que se aproximam da tragédia intelectual, não percebem a dimensão daquilo que escrevem. Há, neste e em outros textos, uma clara e deliberada má-fé.