Coluna Major Elizete – A Decisão. Confidências da campanha 2018
* Major Elizete Lima
“Quem dera a campanha fosse só pedir um voto de confiança” – (10 artigos)
As eleições deste ano, para mim, foram bem mais especiais do que para todos que conheço. Pela primeira vez, candidatei-me a um cargo eletivo… eu sonhei ser eleita deputada federal!
Eu coordenava um programa de prevenção às drogas da polícia militar que alcançou resultados bem expressivos em nosso estado, o que me rendeu homenagens das mais valorosas, inclusive em outras corporações. E meu sonho era ser Comandante Geral da PMPI.
Em 2016, o reconhecimento de meu trabalho ecoou com mais ênfase junto à comunidade política, e fui convidada para disputar um cadeira de vereadora em Teresina, por vários partidos. Na época, eu até fiquei… surpresa… incrédula: Eu?! E recusei sem pestanejar!
E continuei no projeto de levar lições de prevenção às drogas em todo o Piauí, atingindo a marca histórica de 84 municípios com ações; mas as dificuldades eram enormes! E percebi que a maior delas era vontade política! E admiti o que TUDO É POLÍTICA!
Foi então que decidi: nas próximas eleições, concorreria!
Então, reuni a família e expus meu desejo. Primeira reação: “Você é louca?! Com que dinheiro?!” Respondi: “Deus proverá, como tudo em minha vida!”
Algum tempo depois, um coronel da PM me chamou e perguntou se era verdade o boato de que eu me candidataria. Respondi que sim. Ele disse: “Mas, Elizete, é muito difícil!” Respondi: “E o que na minha vida foi fácil?” E saí daquela sala mais decidida do que jamais estive em relação a ser candidata.
Mas a guerra estava só começando. Houve um boato de que eu seria transferida para o interior e, não nego, tive medo, porque à época eu era mae solteira e minha filha ainda era uma adolescente…! Mas nem por isso desisti; resisti, com joelho no chão … e, não sei ainda se era verdade ou mentira, o fato é que continuei onde estava.
Então começaram os convites dos partidos; 11 (onze) siglas me fizeram propostas das mais variadas. Passei a analisar e elaborar a melhor estratégia para a eleição. Foi muito complicado. Estudei a legislação eleitoral, fiz conjecturas… fui até Brasília, por 2 vezes, conversar com presidentes nacionais e um outro veio a Teresina para conversarmos… propostas das mais surpreendentes possíveis, eu recebi.
Porém, a minha decisão foi baseada na crença de que um determinado político poderia ser diferente de todos os outros… e que ele poderia não só me instruir neste novo mundo, como também ajudar com seu potencial político. Quanto ao recurso para material de campanha, aluguel de carros, hospedagem e alimentação, como eu previ no início, veio por providência divina, porque, de todos os candidatos do partido, somente eu recebi, e isso se deu por existir a obrigatoriedade legal de destinação de 30% para mulheres!
E filiei-me! Cheguei a pensar que a luta, doravante, seria apenas para conquistar votos! Santa ingenuidade! Aquele era o marco inicial de outra guerra: dentro da coligação e do meu próprio partido, travei batalhas ainda mais difíceis!! Eu pensava: “Quem dera a campanha fosse só fazer chegar aos eleitores as minhas ideias, as propostas… e pedir um voto de confiança…!!”
Mas isto já é matéria do próximo artigo. Aguardem!!
* Major Elizete Lima é Oficial da PM-PI, atualmente na Coordenação Estadual do PROERD; Advogada; Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil, em Docência do Ensino Superior, Gestão de Segurança Pública e, ainda, em Atenção Integral a usuários e dependentes de Substâncias Psicoativas.
Parabéns major Elizete, eu quero o restante da matéria kkkkkkkkkkkk
Políticas não é brincadeira Dra. Ainda mais no Piauí. Em Teresina nem se fala….o Brasil precisa mudar muito ainda. Mas não desista.