Piauí tem a 4ª maior taxa de mortalidade infantil do país
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – divulgou neste último dia, 30/11, dados desanimadores para os piauienses, especialmente com relação à taxa de mortalidade infantil, que diz respeito à probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida.
Enquanto a taxa brasileira é de 12,8 óbitos para cada 1000 nascimentos, a do Piauí é de 18,5 para 1000 nascidos vivos.
Nos países desenvolvidos, como Japão e Finlândia, essa taxa é de 1,9 óbitos para cada 1000 nascimentos. A comparação mostra o quanto estamos distantes de ser uma nação que trata bem a saúde materno-infantil.
A falta de investimentos em saneamento básico é uma prova disso. Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que para cada R$1 investido em saneamento são economizados R$ 4 em saúde. Mas os gestores públicos insistem em continuar invertendo a lógica de investimentos, resultando em um prejuízo irreparável para a vida da população.
O Piauí apresentou, ainda de acordo com o IBGE, a quarta maior taxa de mortalidade infantil do país. O descaso com que vem sendo tratada a Maternidade Dona Evangelina Rosa é outro motivo que contribui para elevar essa mórbida estatística que envergonha os piauienses. Só no mês de outubro, 29 bebês morreram naquela casa, que deveria ser lugar de vida e não de morte.
Ou passamos a tratar a saúde pública como prioridade ou continuaremos a enterrar nossos bebês. Não é a toa que o Piauí apresenta a segunda pior taxa de expectativa de vida do Brasil.
Fonte: Coluna Cláudia Brandão – Cidadeverde