Coluna Fabriciano Corado – Coronavírus, eis a questão…
* Fabriciano Corado (Fafá)
Vejam só que engraçado…
Ha muito tempo já se falava que o Brasil era o país do futebol e que tínhamos em cada torcedor um técnico. Discussões debatendo escalações, jogadores, táticas do esporte, eram facilmente observadas em qualquer rodada ou aglomeração de pessoas.
Aos poucos, devido às redes sociais e aos recentes acontecimentos políticos que tivemos no Brasil nos últimos anos, descobrimos que muitos de nós também enveredamos pelos comentários políticos, às vezes expressando nossos pontos de vista mais com o coração do que pela razão.
Descobri agora que somos também experts em corona vírus. Muito porque fomos obrigados a nos informar deste que está sendo o assunto central nas discussões em todo o Brasil e no mundo hoje.
Curiosamente me debrucei a ler sobre esse assunto, não como um pesquisador, ou profissional da área de saúde, mas como um curioso que procura se informar e aos poucos vai construindo um pensamento e tirando conclusões…
Sem querer me deparei com uma reportagem a respeito do tema no site wwww.saude.sp.gov.br onde relatava: “Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002.
O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente”.
Continua o artigo:
“Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).
À medida que lia, ia suscitando questões quanto a essa nova forma do vírus.
Lamentando profundamente as perdas das vidas humanas que ocorreram nestas e nas outras manifestações do coronavírus, surgiram-me dois questionamentos: a origem (China e Oriente Médio, sendo que o atual novamente na China) e a forma de discutir e orientar a população.
Acredito que depois de termos visto o aparecimento da SARS e da MERS, teria sido necessária uma vigilância constante por parte dos países onde elas emergiram, com essencial atenção a um acompanhamento e mapeamentos regulares feitos por uma comissão exclusivamente designada para isso, com a construção prévia de uma ação preventiva e de combate à disseminação, em comum acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) e Organização dos países da qual fazem parte. Humildemente não sei informar se isso foi feito.
Mas melindroso mesmo é a forma de divulgar o problema, bem como orientar a população. Pois aqui se mistura a preocupação da saúde comunitária com as oportunidades políticas (ou oportunismos políticos).
No gerenciamento de um povo, deve-se levar em consideração, neste caso, a importância de vidas. Entretanto, deve-se também levantar questão quanto ao andamento do país, geração de empregos, crescimento, renda, todo um ciclo que faz girar uma economia e que é essencial ao cidadão para manter-se e manter suas famílias, o que não acontecendo, com o passar do tempo, a falta deste, só viria a potencializar negativamente ainda mais as consequências maléficas deste vírus.
É verdadeiramente necessária a união neste momento. Deixar de lado interesses políticos pessoais em estar bem na mídia e procurar trabalhar em conjunto com todos os setores dos governos Federal, Estaduais e Municipais. Procurando formas de minimizar os efeitos do vírus na população sem parar o país. Eis a questão.
Devemos manter a calma sem histeria. Procurar individualmente fazer nossa parte e rezar a Deus para que em breve momento tudo volte ao normal. Sejamos ferramentas de construção e bálsamo de alívio para os que precisam.
Esse é apenas um breve comentário. Jesus conosco!
* Fabriciano Corado (Fafá) é agrônomo, colunista do Portal Fort Notícia.
Graduado em Engenharia Agrícola – Universidade Federal de Goiás – UFG; Especialização em Agronegócio e Meio Ambiente – Universidade Estadual do Piauí – UESPI; Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas – Universidade Federal do Piauí – UFPI; Preside a Associação Ambiental e Controle da Desertificação de Gilbués – ONG SOS Gilbués.