Corrente pode ganhar projeto de prevenção e combate às drogas
A cidade de Corrente pode ganhar projeto de combate ao uso de drogas e um centro de recuperação de dependentes químicos. A iniciativa é do cidadão correntino, Francisco de Araújo Sousa Neto, que atualmente reside em Brasília-DF.
Ele já apresentou a ideia ao prefeito Murilo Mascarenhas que sinalou interesse pela implantação do Instituto em Corrente. A proposta é implantar duas unidades terapêuticas, uma masculina e outra feminina.
Segundo Murilo, é uma iniciativa que merece total apoio da prefeitura, devido ao grande número de famílias que sofrem com este problema.
“Já foi discutida inclusive a doação do terreno para a construção das instalações. Além de Corrente, outras cidades do extremo sul do Piauí podem fazer a parceria, esse é o nosso interesse”, disse Francisco.
Com um vasto currículo e experiência na área, Francisco, é Teólogo, presidente do Instituto Vida e Cidadania – INVIC, com sede em Sobradinho-DF. É membro da Convenção Batista Brasileira, Pós graduado em psicologia clínica, gestão pública, psicopedagogia e formando em direito.
O projeto é firmado no tripé prevenção-recuperação-repressão. Prescreve medidas de prevenção e combate às drogas, no âmbito do Município de Corrente-Pi, pelo Poder Público no âmbito da sua prefeitura e demais órgãos de combate e prevenção, pela sociedade civil organizada e pela população em geral.
Tem a finalidade de integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como de repressão ao tráfico ilícito de drogas.
Saiba mais sobre o Projeto
Justificativas:
Vivemos em tempos terríveis. Dentre os males que assolam a sociedade, a droga figura como um de seus grandes expoentes. Esse mal atinge a humanidade principalmente de quatro formas: primeira, a pessoa-usuária, que vive amarrada a um sistema de criminalidade para adquirir a droga, substância destruidora de sua própria saúde; segunda, a família da pessoa-usuária, que, dia após dia, é destruida pelo sofrimento de acompanhar um ente querido destruir paulatinamente a própria vida, em razão de sua dependência química; terceira, o Estado, por assistir sua autoridade sendo afrontada e confrontada pela ação dos traficantes; e quarta, a sociedade, que vive aterrorizada pelas ações criminosas, movidas em torno do tráfico de drogas: furta-se, rouba-se e mata-se em decorrência da maldita da droga.
Nesse prisma, a ficção parece ter se tornado realidade. Há um conto russo, em que sete fortes guerreiros estavam reunidos para comemorar a vitória, quando, no firmamento, aparece um cavaleiro munido de espada, cavalgando em direção aos mesmos para desafiá-los.
Não precisou mais que um golpe de um dos guerreiros para dividi-lo ao meio. Do cavaleiro morto surgiram dois cavaleiros que, novamente, foram divididos em dois por dois golpes de dois guerreiros invencíveis. Os dois cavaleiros mortos viraram quatro e assim se multiplicaram, enquanto eram derrotados.
Após alguns dias de combate com uma legião de cavaleiros, os sete guerreiros foram derrotados pelos fracos cavaleiros que tinham o dom de se multiplicar, quando mortos.
No conto, os sete cavaleiros podem ser vistos como agentes do Poder Público, por exemplo, membros da Polícia (Militar e Civil), do Ministério Público e do Judiciário, que, sozinhos, não estão conseguindo combater esse grande mal, encontrando-se na iminência de serem derrotados, já que a cada traficante trancafiado, tirado de circulação, surgem outros dois para continuarem a obra funesta.
Há, no entanto, uma luz no fim do túnel. Como solução para essa crise, o que se propõe é a aproximação da sociedade e do Estado, a união de forças. Esclarecendo, já passou da hora da sociedade abandonar o silêncio cúmplice e unir-se ao Estado.
Não basta dizer, basta. É preciso arregaçar as mangas, incluir-se na luta e fazer bastar. Mas como? Através de um trabalho em rede escorado no trinômio prevenção-recuperação-repressão (apoio, carinho e autoridade).
A prevenção deve ocorrer nos seus três níveis (universal, seletiva e indicada) e nas suas três espécies (primária, secundária e terciária). Pari passu, o Estado, com o apoio da sociedade (denúncias), deve reprimir o tráfico de drogas com veemência e eficácia.
Compromisso, esta é a palavra de ordem. O Estado precisa da sociedade para combater o câncer social das drogas de forma mais eficiente. Do contrário, se as coisas continuarem como estão, estaremos fadados a viver numa narcossociedade, em que os valores humanos são tragados, cheirados e injetados.
Objetivos:
Geral
Sob o crivo do trinômio: prevenção-recuperação-repressão, busca-se prevenir o cometimento de atos infracionais e crimes por meio de prevenção e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas.
Específicos
* Estruturar a rede municipal de prevenção e combate às drogas.
* Introduzir a temática de educação para valores, como fator de prevenção para o uso de drogas entre crianças, adolescentes e jovens e evitar o envolvimento com a criminalidade.
* Esclarecer crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores quanto aos perigos do uso das drogas.
* Alertar que a bebida alcoólica também é uma droga e esclarecer sobre os efeitos físicos e comportamentais, bem como de suas consequências.
* Divulgar informações que orientem a prevenção e promovam o tratamento de dependentes de substâncias.
* Informar sobre os efeitos das principais drogas consumidas por adolescentes e jovens.
* Divulgar quais os fatores de risco relacionados ao consumo de drogas e o envolvimento com a criminalidade.
* Divulgar a legislação específica.
* Mobilizar as secretarias de saúde e de ação social para ações de prevenção e tratamento de pessoas, principalmente, adolescentes usuários de substâncias psicoativas.
* Esclarecer sobre os estágios motivacionais para mudança de comportamento.
* Esclarecer aos pais e educadores quais são as práticas educativas positivas que representam fator de proteção ao uso de drogas e ao envolvimento com a criminalidade.
* Implementar os instrumentos repressivos e cautelares previstos na Lei Antidrogas, visando a punição efetiva dos traficantes.
Enquanto o Poder Público (Governo) não faz nada, tem que aparecer pessoas ou instituições (Ong) para fazerem algo para ajudar as pessoas. Parabéns pela iniciativa em ajudar as pessoas a se libertarem dessa epidemia chamada drogas. Os cidadãos de Corrente devem cobrar dos vereadores e do prefeito total apoio a esse projeto.