Hospital de Curimatá atende a cinco municípios da região
Por Israel Guerra
O Hospital Júlio Borges de Macedo, na cidade Curimatá tem sido, ao longo dos anos, o ponto de redenção para os curimataenses e cidades circunvizinhas. Na hora da doença é lá que buscam socorro.
Uma grande edificação que serve a cinco municípios: Morro Cabeça no Tempo, Avelino Lopes, Júlio Borges e Parnaguá. Juntas, estas cidades somam cerca de 40 mil habitantes, segundos dados do IBGE (2010).
Constantemente chegam pacientes desses municípios buscando atendimento no Júlio Borges.
O prédio conta com 35 leitos, onde trabalha diariamente uma equipe multiprofissional, composta de oito médicos, sete enfermeiros, fisioterapeutas, assistente social, psicólogo e profissionais de outras áreas, somando cerca de 70 funcionários.
O esforço em manter o ambiente limpo é visível em cada cômodo. Como é uma construção antiga precisa de reparos em alguns compartimentos; no piso ou nas paredes.
Os plantões médicos são diários. Quantos aos procedimentos cirúrgicos são realizadas apenas cirurgias obstétricas e ginecológicas. Os casos de alta complexidade são encaminhados aos hospitais em Bom Jesus, Floriano ou Teresina. O hospital dispõe de uma ambulância para o transporte de pacientes.
Questionado sobre os recursos repassados pelo o governo do estado ao hospital, o diretor Alexsandro R. de Araújo, não informou quanto recebe. Disse apenas que o valor é de acordo a produção. Em relação à prefeitura, disse que não há convênio, apenas parceria. Monossilábico, sem mais detalhes, também não informou valores.
Um aparelho de raio X, um eletrocardiograma, uma mesa de parto com a base enferrujada e um aparelho de ultrassonografia, sem funcionar são alguns dos equipamentos a disposição da equipe hospitalar.
Em um grande corredor que dá acesso as salas de internações estão armazenados vários cilindros de oxigênio. Segundo o enfermeiro Daniel de Sousa Lima, o hospital melhorou a resolutividade nesses dois últimos anos. “Somos carentes de profissionais, portanto, não adianta ter equipamentos modernos e não ter que os opere”, explicou.
São realizadas mensalmente em média, 170 internações, sendo 30 partos/mês aproximadamente. “Já precisei de atendimento aqui outras vezes, sempre fui bem atendida, estou satisfeita. Disse Antônia Rodrigues, 53, que acompanhava seu neto internado, um adolescente de 13 anos.
A colaboração da prefeitura é garantir o abastecimento de água no hospital, pois é constante a falta de água nas torneiras por toda a cidade de Curimatá. A farmácia básica é sempre bem sortida. “É uma luta constante do diretor para não deixar faltar medicamentos”, disse o enfermeiro.
As enfermarias são equipadas com ar condicionado, mas em algumas salas estão sem funcionar, com problemas, por causa da baixa qualidade da energia elétrica na cidade.
Unidade de Fisioterapia
Ao lado do hospital está a Unidade de Fisioterapia. No momento da visita estava fechada, mas pelo lado de fora era bem visível o perigo. Parte do teto está com problema, a estrutura de madeira cedeu, correndo o risco de desabar a qualquer momento.
“Já tem alguns meses nessa situação, ouvir falar que vinham arrumar, mas, até agora nada”, explicou um funcionário que não quis se identificar.
O movimento “Saúde para os Hospitais do Extremo sul do Piauí”, cresce a cada dia. Já está em discussão a realização de um Fórum para discutir sobre melhorias nos hospitais da região. A ideia é unir gestores públicos e a sociedade em geral, para juntos, buscarem alternativas.