Coluna Pablo Avelino- Vamos cuidar de nossas riquezas
* Por Pablo Avelino
Aqui no Piauí, a cidade de Parnaguá possui uma lagoa que é uma das mais belas que conheço.
Esta lagoa a anos sofre com o assoreamento, devido a falta de consciência dos homens, que realizam ações que acelera a sua morte.
Também nesta região, temos o Rio Parnaíba que a anos vem sofrendo com o assoreamento e o desmate de suas matas ciliares por ações de pequenos agricultores e, por vezes, até por órgãos governamentais, como já presenciei.
Sabe por que estou aqui falando isso? Nunca veio aqui na região uma única ONG para defender o maior rio totalmente nordestino.
Parece que ninguém está preocupado se a poluição do rio afeta as comunidades ribeirinhas. Aqui no Piauí a política é furar poços artesianos sem que nenhuma regra ou estudo seja obedecido. Máquinas do DNOCS passeiam pelas cidades furando um poço aqui, outro acolá, com o objetivo de render votos e beneficiar os políticos no período eleitoral.
Mas não é de política que quero falar. É de meio ambiente e sensatez no discurso ambiental.
Esta semana a discussão sobre a floresta amazônica tomou conta da grande mídia e das redes sociais.
Muitos vão à TV defender políticas públicas com o único objetivo de para aparecer na mídia e tentar convencer um monte de analfabetos funcionais, para mantê-los no cabresto. Isso é muito fácil, é também um crime sem tamanho.
Escutei ontem um discurso divisor de águas. Um prefeito do Tocantins falando: “a crise é de princípios, de gestão, de amor ao próximo”. Na sua cidade, ele está com 70 obras em andamento, algumas estruturais outras de embelezamento da cidade. Mas, as principais são as sociais, segundo o prefeito. Para ele, o importante é “dar esperança, dias melhores e condições de sobrevivência. Dar a devida condição para o cidadão não dobrar os joelhos para políticos”.
Políticos saem do nosso meio, não é muito difícil encontrar homens e mulheres comprometidos com o social. Quem não cuida bem de sua casa, de seu nome e de suas empresas, NÃO PODE CUIDAR DE NOSSA CIDADE.
Nosso Extremo Sul do Piauí é um lugar rico de belezas naturais, de povo trabalhador, de terras agricultáveis e de minérios.
Mas algo nos atrapalha. Somos pobres de homens idealistas, pobres de governantes compromissados com o bem comum, somos pobres de esperança.
Nossa paixão por nossa terra é enorme, e apesar de sermos humildes não podemos deixar de acreditar que não podemos nos libertar dos chefes coloniais.
Vamos juntos em busca de esperança, de alternativas. Deus conosco e nós criando nossas oportunidades.
Juntos por uma Santa Filomena melhor, por um Extremo Sul do Piauí gigante e por um MATOPIBA pujante.