Coluna Fabriciano Corado- Unidos podemos muito mais!
* Fabriciano Corado
O primeiro texto nunca se esquece, ainda mais quando se trata de colocar ideias que serão lidas e analisadas por leitores atentos e que dizem respeito a assuntos que mexem com os trabalhos e políticas públicas em áreas importantes do desenvolvimento de nossa enorme região.
Desta forma, pensei e repensei várias vezes em como escrevê-lo. Precisava das palavras certas, do jeito certo e do tema ideal. Resolvi então começar da maneira mais simples. Falando o “entendível” sem rebuscar o português e escrever de forma direta para que o nosso leitor possa captar de forma séria e rápida nossas ideias e colocações.
Assim sendo, acabei por decidir levar ao conhecimento dos leitores que não conhecem a nossa região (e aos que conhecem reforçar o conhecimento), a nossa vocação para a agropecuária. Assim o faço, na expectativa de que essa área seja realmente abraçada e seja dotada de uma política pública que disponibilize condições para o seu desenvolvimento tanto na capacitação de mão-de-obra, como (e principalmente) no investimento em tecnologia, requisito primordial para o crescimento e desenvolvimento de uma área que vem colocando o Brasil sempre em condições de superávit na balança comercial.
O setor agropecuário é, por definição, um conjunto de atividades do setor primário, diretamente ligado à agricultura e à criação de animais para subsistência ou para fornecimento de matéria-prima para outros segmentos, importantes para o desenvolvimento econômico e social, sejam eles de medicamentos, roupas, combustíveis, etc.
Desta forma, o que surgiu como um novo polo econômico e que vem sendo chamada de a “última fronteira agrícola do Brasil”, está aqui… no extremo sul do Piauí. A criação de gado nelore de ótima qualidade, alavancada pela melhoria da qualidade genética também está aqui… no extremo sul do Piauí.
Vertentes de água e mananciais únicos no estado também estão aqui… no extremo sul do Piauí. Clima favorável ao plantio de frutas, cereais e pasto, também se encontram aqui… no extremo sul do Piauí. O que acontece então que não conseguimos transformar toda essa riqueza em melhoria da qualidade de vida à nossa população e não só a uns poucos? Nós podemos e somos capazes de produzir, devemos agora fazer com que toda a região sinta de verdade a chegada do desenvolvimento socioambiental e econômico. Para isso, porém, se tornar realidade, é necessário a participação organizada de todos os atores sociais envolvidos nesse processo. Quais sejam: agricultores, pecuaristas, sindicatos, associações e poder público local.
Em outras palavras… uma revolução no comprometimento e investimento neste setor capaz de promover a participação coletiva da sociedade e dos órgãos responsáveis pelo setor. Principalmente na capacitação de mão-de-obra, tecnologias adequadas e parcerias com órgãos de pesquisa e ensino.
Observei nestes últimos meses e em encontros ocorridos, (como o 1° Encontro das Cidades do Extremo Sul do Piauí), uma forte sensação de união entre a maioria das prefeituras que compõe os municípios participantes. Devemos aproveitar esse momento de união, participação e vontade política, para tentar viabilizar um projeto de desenvolvimento regional nesta área, uma vez que o extremo sul tem uma vocação natural para o setor agropecuário e para o agronegócio (tanto na pequena como na média e larga escala), em geral.
Através de seu clima, solo, água, relevo e luminosidade adequados para o cultivo de grãos e criação de animais. Desta forma, abrem-se oportunidades de investimentos e desenvolvimento que tanto o nossa região e estado precisam.
Portanto, o primeiro passo a ser dado para que ocorra essa transformação decorre de nossa união. Nosso comprometimento com o todo… Unidos podemos mais e seremos mais fortes! Pensemos nisso…
Fabriciano Corado (Fafá) é agrônomo, colunista, escreve semanalmente no Fort Notícias.
Graduado em Engenharia Agrícola – Universidade Federal de Goiás – UFG; Especialização em Agronegócio e Meio Ambiente – Universidade Estadual do Piauí – UESPI; Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas – Universidade Federal do Piauí – UFPI; Preside a Associação Ambiental e Controle da Desertificação de Gilbués – ONG SOS Gilbués.